Você já ouviu falar em “skiplagging” ou “destino oculto”? Essa prática, cada vez mais comum entre viajantes experientes, consiste em comprar uma passagem com conexão e desembarcar antes do destino final — aproveitando tarifas mais baratas.
Mas será que é permitido abandonar um voo na conexão? Quais são os riscos e consequências?
Neste artigo, você vai entender:
- ✅ O que é skiplagging e como funciona
- ✅ Se é legal abandonar um voo na conexão
- ✅ Quais são os riscos contratuais e operacionais
- ✅ Como funciona a questão da bagagem
- ✅ O que fazer para evitar prejuízos e proteger seus direitos
O que é skiplagging (ou destino oculto)?
O skiplagging — também conhecido como “bilhete com destino oculto” — é uma estratégia usada por passageiros que querem economizar. Funciona assim:
- O passageiro compra uma passagem para um destino final mais distante
- A conexão acontece na cidade onde ele realmente deseja desembarcar
- Ele simplesmente não embarca no segundo trecho e encerra a viagem na conexão
Essa prática é comum entre mochileiros e viajantes frequentes, já que voos com conexão costumam ser mais baratos do que voos diretos para o mesmo destino intermediário.

É permitido abandonar um voo na conexão?
Legalmente, não é crime abandonar um voo na conexão. No entanto, a prática viola os termos de transporte da maioria das companhias aéreas, que exigem que o passageiro cumpra todos os trechos da reserva na ordem.
Algumas companhias consideram o skiplagging uma forma de fraude contratual e podem aplicar sanções como:
- Cancelamento automático dos voos subsequentes (inclusive o voo de volta)
- Perda de milhas e benefícios em programas de fidelidade
- Cobrança de taxa de “no-show”
- Em casos raros, ações judiciais ou banimento do passageiro
Exemplo real: Em 2019, a Lufthansa processou um passageiro por skiplagging e exigiu uma indenização de US$ 2 mil. No Brasil, ainda não há jurisprudência consolidada sobre o tema, mas especialistas apontam que o consumidor tem direito de desistir do voo, desde que esteja ciente das consequências.
Como funciona a bagagem em voos com destino oculto?
Se você pretende abandonar o voo na conexão, é obrigatório viajar apenas com bagagem de mão. Isso porque:
- A bagagem despachada é etiquetada para o destino final da reserva
- Ela segue direto para o último trecho, sem ser entregue na conexão
- Em muitos casos, é impossível recuperar a mala antes do fim da viagem
Dica: Evite despachar bagagens e leve apenas itens essenciais na mala de mão. Isso garante que você possa desembarcar na conexão sem perder seus pertences.
Descubra mais artigos relacionados:
Quais são os riscos de abandonar o voo na conexão?
Antes de decidir pelo skiplagging, é importante considerar os principais riscos:
Risco Impacto Cancelamento do voo de volta Se a passagem for ida e volta na mesma reserva, o retorno pode ser cancelado Perda de milhas A companhia pode excluir você do programa de fidelidade Taxas extras Pode haver cobrança de taxa de no-show ou penalidades contratuais Impossibilidade de reembolso Trechos não utilizados não são reembolsados, salvo exceções específicas Bagagem perdida Se houver mala despachada, ela seguirá até o destino final
Recomendação: Se você pretende desembarcar na conexão, compre os trechos separadamente — e, se possível, em companhias diferentes. Isso reduz os riscos de cancelamento e penalidades.
E se o voo atrasar ou for cancelado?
Se você planejou desembarcar na conexão e o voo atrasou ou foi cancelado, impedindo sua chegada ao destino desejado, você pode ter direito à indenização por danos morais — especialmente se o atraso for superior a 4 horas ou se não houver aviso prévio de até 72 horas.
A Resolvvi é especialista em casos de:
- Atraso de voo
- Cancelamento sem aviso
- Conexão perdida
- Overbooking
- No-show indevido
Tudo é feito de forma 100% online, sem burocracia — e você só paga se ganhar.
Conclusão: skiplagging pode economizar, mas exige cautela
Abandonar um voo na conexão é uma prática que pode gerar economia, mas também envolve riscos contratuais e operacionais. Se você optar pelo skiplagging, viaje leve, compre os trechos separadamente e esteja ciente das possíveis consequências.
E se sua viagem for prejudicada por atraso, cancelamento ou práticas abusivas da companhia aérea, conte com a Resolvvi para buscar seus direitos e garantir uma compensação justa.
Perguntas frequentes sobre abandonar voo na conexão
Skiplagging é a prática de comprar uma passagem com conexão para um destino final distante, mas desembarcar na cidade da conexão, que é o destino real do passageiro. O objetivo é economizar na tarifa.
Legalmente não é crime, mas a prática viola os termos de transporte e o contrato da maioria das companhias aéreas. As empresas podem aplicar sanções como o cancelamento do voo de volta.
Os principais riscos são o cancelamento automático dos voos subsequentes (incluindo a volta, se na mesma reserva), perda de milhas e benefícios de fidelidade e, em casos raros, a cobrança de taxas ou penalidades contratuais.
A bagagem despachada é etiquetada para o destino final da reserva e segue direto. É impossível recuperá-la na conexão. Quem pratica skiplagging deve viajar apenas com bagagem de mão.
A companhia pode cancelar os trechos subsequentes da reserva, excluir o passageiro de programas de fidelidade e, em situações específicas, aplicar multas ou entrar com ações judiciais por violação contratual.
Não. O passageiro que abandona o voo na conexão geralmente perde o direito ao reembolso pelos trechos não utilizados. O bilhete de volta, se na mesma reserva, também é cancelado sem direito a reembolso.