Você sabe escolher entre poupança ou tesouro direto? Acompanhe a leitura e acabe de vez com esse dilema na hora de investir.
É cada vez mais perceptível que as pessoas estejam buscando por informações financeiras, querendo encontrar meios de investir parte da sua renda. Assim, uma dúvida comum é sobre qual a melhor alternativa: poupança ou Tesouro Direto.
Cada uma dessas modalidades tem as suas especificidades, de modo que para tomar a decisão mais coerente, é necessário conhecê-las mais detalhadamente, entendendo como elas funcionam e quais são os seus recursos.
Afinal, é preciso considerar de maneira individualizada as características do investidor, assim como das opções disponíveis no mercado, principalmente por que os perfis das pessoas são diferentes e as suas necessidades específicas devem ser analisadas.
Entender as finanças e o que se pretende fazer no curto, no médio e no longo prazo são ações a serem ponderadas antes de fazer a escolha pelo investimento na poupança ou no Tesouro Direto.
Isso porque assim como uma avaliação de ativos faz parte da gestão patrimonial de qualquer pessoa, saber onde as suas economias serão aplicadas para trazer rendimentos pode fazer toda a diferença na administração do seu orçamento.
Sendo assim, para entender esse cenário e saber o que é preciso considerar no momento da sua escolha, é preciso conhecer melhor sobre a poupança e o Tesouro Direto, bem como como as suas implicações e os benefícios que serão colhidos.
Para tanto, siga na leitura deste conteúdo e saiba mais sobre essas modalidades financeiras, de maneira a fazer a escolha correta de acordo com os seus objetivos e as suas metas financeiras.
Poupança x Tesouro Direto: o que são eles?
Quando os pais de uma criança estão buscando por uma instituição de ensino para matricular o seu filho, é comum que eles procurem conhecer as opções disponíveis na região, indo desde uma creche bilíngue, até uma escola de período integral.
Para ter a certeza de ter tomado a melhor decisão, eles certamente vão ponderar todos os pontos positivos e negativos das diferentes escolas e modalidades oferecidas por elas, de modo a terem a tranquilidade de fazer a melhor escolha.
Quando o assunto é investimento e rendimento, o processo precisa ser o mesmo.
Afinal, quem quer alocar o seu dinheiro em uma determinada aplicação sem saber o que será feito do seu valor, não é mesmo?
Por isso, se você está preparado para realizar a abertura de cofre e investir as suas economias, é fundamental conhecer essas duas modalidades financeiras em maiores detalhes.
1 – Conhecendo a poupança
A poupança é a modalidade de investimento mais conhecida pelos brasileiros. Ela se trata de um tipo de renda fixa, o que a torna uma opção segura para qualquer pessoa.
Entre as suas principais características estão:
- Pode ser aberta em qualquer banco;
- Possui a mesma taxa de rendimento nas diferentes instituições;
- É isenta de custos e tributos;
- Fácil de ser resgatada;
- Remuneração creditada mensalmente.
Em um período anterior, o rendimento da poupança era de 0,5% ao mês, mas essa regra de remuneração foi alterada em 2012, tendo a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) como patamar.
Sendo assim, quanto a taxa está acima de 8,5%, a remuneração equivale a 0,5% mais a variação da taxa referencial, sendo esta a correção dos valores ao longo do tempo.
Quando a Selic está igual ou abaixo dos 8,5%, o rendimento equivale a 70% da Selic mais a variação da taxa referencial.
2 – Conhecendo o Tesouro Direto
O Tesouro Direto foi criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, que gerencia as dívidas públicas, com o intuito de permitir que as pessoas comprassem títulos do governo. Desde então, essa modalidade vem crescendo e ganhando cada vez mais adeptos.
Os pontos mais importantes que definem o Tesouro Direto são:
- Aplicações podem ser feitas com valores baixos;
- Possui liquidez diária;
- Oferece diferentes opções de títulos públicos;
- Taxa de administração de 0,25%;
- Alíquota regressiva, sendo cobrado inicialmente 22,5% no IR.
O rendimento do Tesouro Direto é variável. Isso quer dizer que o valor recebido dependerá dos títulos adquiridos, assim como do tempo ideal de resgate da quantia investida.
Por isso, é fundamental que o investidor escolha a modalidade mais conveniente para ele, que podem ser: o prefixado, o pós-fixado e o híbrido.
Assim como na realização de uma compra de material de pintura, o prefixado é aquele onde todos os custos e lucros são conhecidos antes do pagamento, de modo que não há surpresas em termos de variação de renda.
No pós-fixado, o retorno total só é conhecido no momento do resgate do valor investido, já que os títulos estão ligados a indexadores variáveis.
Já na modalidade híbrida, é possível saber parte do valor que retornará no momento do investimento, sendo a outra parte variável de acordo com a inflação.
Como funciona a poupança e o Tesouro Direto
Depois de conhecer as características da poupança e do Tesouro Direto, é importante saber como eles funcionam, para entender quais são os benefícios de cada um.
Tanto a poupança quanto o Tesouro Direto podem ser vistos como empréstimos realizados por pessoas físicas para instituições.
Assim, a poupança é um empréstimo que o cliente de uma instituição bancária cede ao banco, recebendo rendimentos por isso. No Tesouro Direto o processo é o mesmo, porém tendo o valor cedido para o governo.
Em ambos os casos, o investimento é sempre feito por meio de um banco. A poupança se trata de uma conta bancária, livre de taxas e tributos, que pode receber aportes sem restrições, coletando os seus rendimentos mensalmente.
Tal como no extrato de um cartão de ponto, cada movimentação da poupança fica registrada, de modo que é possível consultar os seus ganhos facilmente.
A compra de títulos do Tesouro Direto também é feita a partir de um banco, e os rendimentos são pagos no vencimento do título, tendo como forma o juros composto, de modo que o retorno é calculado com base no juros do dia anterior.
Essa característica faz com que o rendimento do Tesouro Direto se torne bastante vantajoso, mesmo que alguns impostos como o IOF, o IR e a taxa de custódia sejam abatidos do valor recebido.
A rentabilidade da poupança e do Tesouro Direto
Um dos pontos de maior peso na decisão entre poupança e Tesouro Direto é a rentabilidade que pode ser colhida depois de certo período.
Como é sabido, as minúcias de um trabalho só podem ser conhecidas com a realização de uma plotagem de projetos. Por isso, em comparativo, só é possível entender qual a melhor modalidade de investimento ao se conhecer bem a rentabilidade dessas opções.
Os títulos públicos, em geral, mostram uma rentabilidade próxima dos 100% do CDI (Certificados de Depósitos Interbancários), o que equivale a 4,25% ao ano.
Em 2019, o CDI foi calculado em 5,96%, de modo que mesmo descontando o valor da inflação, que ficou acumulada em 4,31%, o ganho real de quem investiu no Tesouro Direto foi de 1,59%.
Já na poupança esses números são menores: 2,97% de rendimento ao ano, sendo por isso uma das menores taxas conhecidas em renda fixa.
Ao descontar o valor da inflação da poupança, os ganhos reais ficaram em -0,05%. Se para 2020 o estimado é uma taxa Selic de 4,25% a.a., os lucros obtidos com a poupança podem ter novamente um ganho real negativo.
No CDI de 2020, ainda é possível ter o lucro real próximo de 1%, o que tem feito muitas pessoas que antes só acreditam nos benefícios da poupança migrarem para o Tesouro Direto,
O que levar em conta no momento da escolha?
Assim como para comprar um carimbo empresa o empresário utiliza critérios para escolher o seu fabricante, ao pensar em investir o seu patrimônio é fundamental considerar alguns pontos principais.
1 – Facilidade
Quem não possui experiência e conhecimento em Tesouro Direto pode se sentir confuso com as diversas opções de investimento, precisando para isso contar com o auxílio de um profissional ou realizar estudos aprofundados na área.
Para a poupança isso não é necessário, de maneira que os aportes financeiros devem ser realizados na conta bancária, recebendo os rendimentos conforme os aniversários de depósito.
Por isso, um ponto a considerar no momento de escolher entre poupança e Tesouro Direto é a facilidade e o tempo disponível para ampliar os seus conhecimentos sobre o tema.
2 – Variedade de produtos
O Tesouro Direto apresenta uma variedade interessante de títulos públicos, o que torna o investimento nessa modalidade bastante variado.
Em contrapartida, a poupança possui um único formato, o que torna o seu processo de investimento mais padronizado e limitado.
3 – Taxas de administração
Algumas instituições cobram uma taxa de administração para gerenciar o investimento realizado no Tesouro Direto, o que não ocorre na poupança.
Por isso, assim como é importante buscar opções antes de alugar uma sala reunião, quem quer começar a investir no Tesouro Direto pode buscar opções de instituições que oferecem isenção da taxa.
Depois de considerar alguns desses pontos, certamente você saberá qual é a melhor alternativa para o seu caso, de modo que o investimento das suas finanças seja realizado de forma coerente, trazendo os lucros desejados e os resultados esperados.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Analista de Operações Jurídicas na Resolvvi e advogada de formação, Gabriela escreve artigos para o Portal Resolvvi sobre direitos do consumidor.