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O que é Legal Design?

Você já ouviu falar em legal design ou sabe como usá-lo para se destacar na advocacia? Não? Então, acompanhe estas dicas e fique por dentro do assunto! Há muito tempo o Direito tradicionalmente conhecido por nós, advogados, vem sofrendo diversas mudanças. Passamos por marcos como a digitalização da justiça, de ferramentas para gestão de escritório e prazos, dentre muitas outras novidades. Assim, dentro do novo cenário da advocacia 4.0, também surge o legal design, ferramenta cada vez mais utilizada por advogados. Além disso, saber aplicá-lo é um grande diferencial para o advogado que deseja se destacar na carreira e deslanchar na advocacia.

Existe diferença entre Legal Design e Visual Law?

Na prática, não existe diferença entre legal design e visual law.

Isso porque ambos os conceitos estimulam o uso de elementos visuais para tornar um documento jurídico ou a jornada de um cliente mais compreensível.

Por vezes, são usados até como sinônimos!

Apesar disso, alguns chegam a defender que os termos são diferentes pelo fato de o visual law utilizar somente imagens ou elementos visuais para melhorar

Em contrapartida, o legal design poderia se referir tanto a essa parte visual, como também à aplicação do Design Thinking.

Com isso, é possível perceber que, na verdade, os termos são bem parecidos e quase não possuem diferença prática.

De toda forma, é possível usar as ferramentas de visual law ou de legal design para tornar a experiência do usuário ou do cliente cada vez melhor.

Por que eu devo usar a ferramenta?

Antes de tudo, se você quer se tornar um advogado destaque na sua área, com certeza usar o legal design é um ótimo motivo!

Também, a ferramenta permite que você tenha benefícios em diversos pontos de contato, como:

  • Com seus clientes, fazendo um contrato adaptado à experiência do seu cliente, de modo que ele entenda todos os termos;
  • Com o juiz, para que ele visualize melhor os argumentos mais importantes da peça.

Também, se você faz parte do setor jurídico de uma empresa, esta ferramenta também pode te ajudar a levar informações da área do direito para outros setores da empresa.

Com isso, seus argumentos se tornarão mais claros e o seu poder de explicação e convencimento pode aumentar, para dar lugar à sua ideia para a empresa, por exemplo.

Ou seja, o advogado só tem a ganhar em saber manejar a ferramenta do legal design!

Leia também: Direito e tecnologia: Como a tecnologia pode ajudar advogados

Como aplicar o legal design na prática?

Para começar a explorar essa nova habilidade, as principais dicas que damos a você são:

1.Descomplique o juridiquês!

Sabemos que esta é uma tarefa bem difícil para nós, advogados. Isso porque o juridiquês faz parte de todo o nosso cotidiano, e para um leigo, os termos da área do direito são bem inacessíveis. Por isso, é muito importante que você busque simplificar ao máximo o texto, seja de um contrato ou de uma petição. Uma dica: sempre escreva de modo que qualquer pessoa, por mais simples e leiga que seja, consiga entender. Vale mostrar o texto para um amigo ou parente que não saiba muito sobre termos jurídicos

2.Enxugue seus textos

Do mesmo modo que tirar o juridiquês é importante, saber escrever de modo objetivo e sem muito texto envolvido é bem importante. Por vezes, escrever “muito” é entendido como escrever bem. Entretanto, esse é um mito bem presente no direito. No lugar de o advogado fazer uma petição com 20 páginas, repetindo diversas vezes os fatos e os direitos do seu cliente, é possível enxugar esse texto, e até mesmo colocá-lo de modo visual, como no exemplo a seguir:
legal-design

3.Saiba usar imagens

Não, você não precisa ser nenhum especialista em design ou photoshop para saber usar imagens ou elementos gráficos no legal design. Hoje em dia já existem diversas ferramentas que dão vários modelos e elementos visuais prontos, como o Canva. Com isso, basta que você comece a explorar os recursos que a ferramenta dá, e também tome como base alguns modelos que já existem de legal design, para que sirvam de inspiração na elaboração de seus documentos

Por que aplicar o Legal Design ao seu negócio?

O contrato e os documentos formais que regulam negócios jurídicos são espécies de “contadores de histórias” que explica: quem estão formalizando o negócio; qual o negócio e os termos que o definem. A famosa estratégia de storytelling. Isso significa que ao passar a mensagem nos documentos, quando utilizamos recursos visuais, possibilitamos que as partes envolvidas retenham maior entendimento do que é mais importante na mensagem. Ou seja, os principais conceitos e ideais tornam-se mais compreensíveis e, consequentemente, mais interessante para o receptor, auxiliando no processo de tomada de decisão, como o fechamento do negócio.  Você sabia que o cérebro humano assimila 6 (seis) vezes mais informações quando o texto está associado a imagens? E que cerca de 87% das pessoas são pensadores visuais? Assim, o foco é o usuário do serviço, prendendo-o ainda mais à qualidade do negócio oferecido. Ao demonstrar personalidade, seu negócio estará apto a conquistar os clientes, firmando termos personalizados e descomplicados. E, quando isso for atingido, os resultados podem ser inimagináveis.

Onde posso aprender mais sobre o assunto?

Hoje, se você tem acesso a internet, aprender sobre qualquer assunto já se torna muito acessível. Por isso, se você quer iniciar no mundo do legal design, te orientamos a ler artigos sobre o assunto, sejam em blogs ou em portais acadêmicos. Também existem algumas palestras no youtube, webinars e até mesmo podcasts que abordam um pouco sobre o assunto. Aqui abaixo te indicamos alguns conteúdos que podem ser bem interessantes nessa descoberta: Além disso, existem cursos pagos, como: Por fim, para se aprofundar cada vez mais no assunto, é preciso estudar bastante sobre o legal design ou visual law, e praticar bastante! Com isso, você poderá aperfeiçoar ainda mais essa habilidade tão importante para o novo mercado.
Gabriela Atanásio
Gabriela Atanásio

Analista de Operações Jurídicas na Resolvvi e advogada de formação, Gabriela escreve artigos para o Portal Resolvvi sobre direitos do consumidor.

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