Você já tentou pedir empréstimo para pagar dívidas? Trouxemos todos os prós e contras dessa prática para tirar suas dúvidas sobre o assunto. Acompanhe a leitura!
O percentual de endividamento no Brasil atingiu a marca dos 67,5% em agosto deste ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Isso quer dizer que quase 7 a cada 10 famílias brasileiras estão endividadas (com atraso ou não) e inadimplentes (com contas em atraso), um índice que tem aumentado de forma preocupante ao longo dos meses.
Não é novidade que o endividamento pode causar uma séria dor de cabeça e prejudicar a vida do consumidor.
Porém, para aqueles que decidem colocar a vida financeira em ordem, é comum recorrer a empréstimos para quitar as dívidas pendentes.
Você se encaixa nessa situação? Se está considerando a opção de pedir um empréstimo para pagar dívidas, segue a leitura conosco!
Neste artigo, vamos lhe ajudar a entender melhor se esta é uma boa opção para você!
Quero pedir um empréstimo para pagar dívidas! O que preciso saber?
Se você quer sair de vez da inadimplência, é muito importante traçar todo um planejamento para fazer isso sem aperto no orçamento, o que pode gerar outras dívidas.
Além disso, uma série de informações devem estar na ponta da língua, principalmente se você optar por pedir um empréstimo para pagar suas dívidas. Como, por exemplo, seus direitos de consumidor!
Por isso, para evitar uma bola de neve de problemas, é essencial ter em mente (e no papel também!) seu planejamento financeiro.
Antes de tudo: organize-se financeiramente
Para evitar que as dívidas tomem conta do seu orçamento, é preciso rever, o quanto antes, a prioridade dos seus gastos.
Isso porque, mesmo que você já tenha decidido contratar um empréstimo para quitar as dívidas acumuladas, é importante ter um bom controle financeiro para não entrar no vermelho de novo.
Uma dica valiosa: coloque todas as contas na ponta do lápis, através de um planejamento financeiro capaz de organizar todas as receitas e despesas mensais.
Outra dica importante: organize suas despesas em categorias: essenciais, úteis e desnecessárias.
Com isso, você poderá cortar os gastos desnecessários e readequar os que são úteis, adaptando a sua rotina à sua disponibilidade financeira, e não o contrário.
A partir disso, uma estratégia interessante é organizar o pagamento dos débitos remanescentes e dar prioridade para aqueles com taxas de juros maiores, pois são os que mais contribuem para o aumento rápido do valor.
Sendo assim, depois dessa organização financeira prévia, é hora de eliminar o endividamento! Mas, para isso, é essencial conhecer os seus direitos, para evitar cair em ciladas na hora de resolver a situação.
Conheça dos direitos do consumidor endividado
Você sabia que, mesmo endividado, todo consumidor possui direitos? É importante deixar claro que ter dívidas não é crime, mas práticas abusivas por parte das empresas são consideradas como criminosas.
Pensando nisso, antes de pedir seu empréstimo para pagar dívidas, fique por dentro de alguns direitos dos inadimplentes:
- As instituições financeiras são obrigadas, por lei, a fornecer o contrato em operações de crédito, passível de multa em caso de descumprimento. Por isso, exija sempre o seu contrato!
- O consumidor não pode ser exposto ao ridículo nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça (art. 42 do Código de Defesa do Consumidor;
- O consumidor tem direito a ter acesso a todas as informações referentes ao seu comportamento de consumo;
- A restrição de crédito em em órgãos de proteção ao crédito (como Serasa e SPC) não pode durar por mais de 5 anos (art. 43 do Código de Direito do Consumidor);
- Os órgão de proteção ao crédito devem notificar o devedor antes de realizar a negativação do seu nome (Súmula 359 do Superior Tribunal de Justiça);
- São proibidas as ligações de cobrança fora do horário comercial;
Ciente disso, uma boa alternativa é tentar negociar a dívida.
Para isso, você pode recorrer aos tradicionais mutirões de renegociação de dívidas, onde as instituições financeiras costumam oferecer grandes descontos para quitação de débitos.
Mas, se você não conseguir uma boa oferta e mesmo assim queira resolver a situação o quanto antes, uma boa alternativa pode ser conseguir um empréstimo para pagar dívidas.
Quer entender se essa é uma boa solução para você? Nós te ajudamos!
Quando pedir empréstimo é uma boa opção para quitar dívidas?
Essa resposta vai depender muito do seu perfil de consumidor.
Substituir financiamentos pode ser uma opção vantajosa para casos em que as contas acumuladas tenham taxas de juros muito altas.
Por exemplos, para dívidas com cartão de crédito, que é um dos principais motivos do endividamento e da inadimplência.
Também é possível solicitar um empréstimo aqueles que precisam limpar o nome rapidamente, seja para aprovação de financiamentos ou mesmo para realizar compras no comércio.
Leia também: Como tirar o nome do Serasa negociando dívidas?
De maneira geral, são três as situações em que é vantajoso realizar um empréstimo para pagar dívidas:
1) Quando você já organizou um bom controle financeiro
Como falamos anteriormente, é essencial ter uma boa organização financeira para evitar entrar no vermelho novamente.
Por isso, antes de assumir mais esse compromisso financeiro, é preciso antes de tudo ter um bom planejamento para isso.
Do contrário, não há como saber qual pode ser o valor máximo das parcelas do empréstimo que você dá conta de pagar.
2) Quando os juros do empréstimo são menores que os da dívida
Informe-se sobre o Custo Efetivo Total de cada uma das duas situações: arcando com os juros da dívida já feita ou assumindo os juros do empréstimo.
O raciocínio é bem simples: as taxas da dívida são maiores que as da oferta de crédito? Então vale a pena pegar um empréstimo e quitá-la de uma vez!
Quer aprender mais sobre taxas de juros? Então clique aqui e entenda tudo sobre juros e taxas de juros abusivas.
3) Quando você precisa limpar seu nome rapidamente
Estar com o nome sujo pode dificultar o acesso a diversas oportunidades e serviços.
Mas, ao contrário do que muita gente acredita, os empréstimos não contam como dívidas. Ou não precisam contar, se as parcelas forem pagas em dia.
Por isso, uma boa saída para limpar o seu nome rapidamente é contratar um empréstimo para quitar a dívida. A partir do pagamento, você terá seu nome retirado dos órgãos de proteção ao crédito em até 5 dias úteis.
Você se encaixa em alguma dessas situações e decidiu optar por um empréstimo para quitar dívidas? Aqui vão três cuidados importantes antes de contratar:
Fique atento(a) aos encargos e taxas de juros
Como falado acima, é preciso avaliar se as taxas de juros e os encargos cobrados no empréstimo fazem do negócio algo vantajoso ou não.
Por isso, deve-se analisar bem todas as condições para evitar que essa nova despesa cause um rombo em seu orçamento futuro.
Assuma uma parcela que caiba no seu orçamento
Não faz sentido assumir esse compromisso se o valor mensal for muito alto e fora da sua capacidade orçamentária.
Sendo assim, busque uma parcela que caiba no seu planejamento financeiro mensal. Considere, também, o tempo pelo qual você estará comprometido(a) com essa despesa.
Uma dica: o ideal é que o valor da parcela não seja maior do que 30% de seus ganhos.
Cuidado com golpes e fraudes
A urgência em conseguir dinheiro para pagar dívidas pode fazer com que as pessoas caiam em golpes para a obtenção de crédito rápido, fácil e sem consulta em órgão de proteção de crédito.
Se o empréstimo for mesmo necessário, o certo é procurar instituições financeiras sérias e com credibilidade.
Outra dica importante é ler o contrato com atenção e estar ciente de todas as informações especificadas nele, para evitar surpresas desagradáveis.
Como posso pedir um empréstimo para pagar minhas dívidas?
Existem algumas opções disponíveis no mercado para o consumidor que planeja realizar um empréstimo para pagar dívidas. Abaixo, listamos as mais conhecidas:
1) Crédito pessoal
Essa opção pode estar disponível inclusive para aqueles que estão com o nome negativado.
O crédito pessoal não exige nenhuma garantia, e ainda tem a vantagem de ser pouco burocrático, sendo aprovado de maneira mais rápida.
Depois de aprovado e contratado, o dinheiro cai rapidinho na sua conta.
2) Refinanciamento de imóvel ou veículo
Também conhecido como empréstimo com garantia, essa modalidade de crédito trabalha com taxas de juros ainda menores do que as do crédito pessoal.
Isso porque você está deixando um bem como garantia para a instituição financeira, que entende que as chances de inadimplências são mais baixas por isso.
Por outro lado, a instituição financeira faz uma avaliação do bem e exige que ele já esteja quitado, o que torna o processo de aprovação um pouco mais burocrático e demorado.
De qualquer forma, essa costuma ser uma opção mais vantajosas para aqueles que possuem um bem para dar como garantia.
Empréstimo para pagar dívidas é o mesmo que empréstimo para negativados?
Antes mesmo do início da pandemia, cerca de 60 milhões de brasileiros estavam com o nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito. Com a crise, a tendência é que aumente o número de pessoas inadimplentes inscritas no SPC e no Serasa.
Esse é o momento em que mais se precisa de crédito para conseguir pagar as contas e ficar com o nome limpo. O problema é que, justamente nesta situação, fica mais difícil conseguir a aprovação das instituições de crédito.
Nesse contexto, o Banco do Brasil lançou uma oferta de empréstimo com nome sujo, em condições muitos semelhantes à do crédito consignado.
Leia também: Saiba como pedir empréstimo pessoal para negativados
O empréstimo para negativados do Banco do Brasil funciona com parcelas fixas e taxas de juros reduzidas, que variam entre 2,5% e 3,5%.
Outra vantagem é que o pagamento da primeira parcela é apenas 6 meses (180 dias) após a contratação do mesmo. Além disso, é possível parcelar em até 96 vezes, e não há nenhuma consulta ao o SPC ou Serasa.
Mas é bom ficar atento(a): o empréstimo para negativados do BB só pode ser contratado por aposentados, pensionistas do INSS, servidores públicos, militares e trabalhadores de empresas privadas, desde que sejam conveniadas ao Banco do Brasil.
E se a dívida que negativou meu nome não é legítima?
Infelizmente, pode acontecer da dívida que gerou a inadimplência não seja legítima. O que significa que seu nome está negativado indevidamente.
A inscrição indevida do seu nome nos órgãos de proteção ao crédito pode ter acontecido por diversos motivos, como a negativação por uma dívida vencida, golpe ou fraude, por uma conta já paga, ou mesmo por um serviço que você nunca contratou.
De toda forma, é dever da empresa corrigir o erro e limpar seu nome imediatamente.
Do contrário, você pode contar com a ajuda da Resolvvi para buscar um acordo que também vai retirar a inscrição como também garantir uma compensação em dinheiro!
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Analista de Operações Jurídicas na Resolvvi e advogada de formação, Gabriela escreve artigos para o Portal Resolvvi sobre direitos do consumidor.