Após muitas polêmicas acerca do tema, a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas voltará a ser alvo de discussões por parte da pressão contrária do Congresso. Mas o que isso significa?
Há cinco meses, muitas promessas foram feitas em relação aos altos preços das passagens aéreas.
Uma das medidas foi que o valor dos tickets diminuiria com a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas feitas por fora da compra das passagens. Hoje, a conversa já é outra.
Segundo matéria publicada na Exame, após o parlamento ter aprovado a cobrança por fora, em voos domésticos, os deputados já deram para trás e querem rever a situação.
Sim, é comum ficar com a pulga atrás da orelha com esses tipos de mudança.
Mas, segundo os deputados, o principal problema em relação a questão é que o mercado atual brasileira está concentrado em apenas três empresas, sem nenhuma companhia de baixo custo operando rotas internas.
Essa história parece familiar, não é mesmo?
A título de curiosidade, o que está pesando mais nessa re-avaliação do caso é que, boa parte dos parlamentares, precisa viajar semanalmente e foi notado um preço ainda salgado das passagens aéreas.
Entenda melhor sobre o caso acompanhando a leitura!
A cobrança de bagagens pelas companhias aéreas: entenda melhor
Em setembro de 2019, os deputados da Câmara decidiram manter o veto do nosso atual presidente, Jair Bolsonaro, da medida que derrubava a cobrança da taxa de bagagem.
Entretanto, os senadores não chegaram a votar.
O que ficou mais evidente foi que a posição da câmara refletia mais a pressão das companhias aéreas, que, naquela época, justificou com a afirmação de que novas companhias (as famosas “low cost”) entrariam em cena.
As companhias low cost não entraram no mercado nacional com a ampla distribuição de voos como havia sido prometido. Hoje em dia, existem mais dúvidas em relação a entrada das econômicas no mercado de voos domésticos do que a certeza.
Conhecido por atuar em prol dos direitos do consumidor, o deputado Celso Russomanno, autor do projeto que quer impedir a cobrança de bagagem pelas companhias aéreas por fora, afirmou:
“Vamos ter de agir, não tem jeito. Isso já virou um engodo”, afirma
Sim, virou mesmo!
Já no ano passado, Aguinaldo Ribeiro, do PP-PB, afirmou que o mesmo projeto de Russomanno poderia ser retomado se, por volta de fevereiro de 2020, ainda não tivéssemos nenhuma empresa low cost operando no mercado nacional. Estamos em março.
Reação do governo: o gigante acordou?
Ronei Saggioro Glanzmann, secretário nacional de Aviação Civil, disse, ainda em fevereiro, que havia se reunido com Aguinaldo Ribeiro e solicitou a ele uma reunião com todas as lideranças da Câmara para apresentar e debater sobre os novos dados que envolvem os preços das passagens.
“Caíram os preços, temos preços mais baratos que tínhamos em 2018, quando a Avianca estava no mercado”, disse Ronei.
E como ficará essa questão?
A narrativa que se consolidou foi que os preços são altos por conta das inúmeras taxas e serviços oferecidos. Uma vez que isso foi deixado de lado com a com a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas, os preços se mantiveram altos.
Ainda não há previsão de entrar novas companhias no mercado, que continua monopolizado por três gigantes.
E mesmo assim ainda tem gente (não diremos quem) dizendo que o alto preço das passagens é culpa das startups!
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou:
“A promessa do governo era de termos pelo menos seis low cost operando no País se o veto fosse mantido. O governo garantiu que já tinha empresa na fila. Foi pegadinha? Os preços das passagens continuam absurdos”, disse.
Nós também continuamos esperando, Joice, nós também!
Leia também: A Resolvvi funciona mesmo? Veja tudo sobre a startup líder em indenizações para passageiros com problemas com voos
Bruno é o fundador e CEO da Resolvvi, uma empresa inovadora no setor de resolução de conflitos. Com uma visão empreendedora e paixão por encontrar soluções eficazes, tem experiência e conhecimento em direito e tecnologia.