Ter o embarque negado em um voo, mesmo com tudo certo — passagem comprada, documentação em dia, chegada no horário — é uma situação frustrante e, infelizmente, mais comum do que parece.
O chamado embarque negado é previsto pela legislação brasileira e pode gerar direito à indenização por danos morais e materiais.
Neste artigo, você vai entender:
- O que caracteriza o embarque negado
- Por que ele acontece
- Quais são os seus direitos como passageiro
- O que fazer na hora
- E como buscar compensação, se necessário
O que é embarque negado e quando ele acontece?
O termo embarque negado — também chamado de denegação de embarque — se refere à situação em que o passageiro é impedido de embarcar sem ter causado o problema. Ou seja, ele:
- Tem passagem confirmada
- Chegou no horário correto
- Está com documentação válida
- Cumpre todas as exigências da companhia aérea
Mesmo assim, não consegue embarcar por motivos operacionais da empresa.
Principais causas do embarque negado
O motivo mais comum é o overbooking, prática em que a companhia aérea vende mais passagens do que assentos disponíveis no voo. Mas há outras causas possíveis:
- Troca de aeronave por uma menor
- Reorganização operacional da companhia
- Falhas técnicas ou logísticas
- Prioridade para passageiros com necessidades especiais ou conexões críticas
Importante: o embarque negado não se aplica quando o passageiro chega atrasado, está sem documentação ou não cumpre requisitos sanitários. Nesses casos, a responsabilidade é do próprio passageiro.
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Quais são os direitos do passageiro em caso de embarque negado
A Resolução nº 400 da ANAC determina que, em caso de embarque negado por responsabilidade da companhia aérea, o passageiro tem direito a:
- Assistência material imediata, como alimentação, hospedagem e transporte
- Reacomodação em outro voo, sem custo adicional
- Reembolso integral da passagem, se preferir não viajar
- Compensação voluntária, como milhas, upgrades ou vouchers
- Indenização judicial, caso haja prejuízos financeiros ou emocionais
Esses direitos são válidos mesmo que o passageiro aceite a compensação voluntária. Se houver danos adicionais, ele pode buscar reparação judicial.
Caso real: embarque negado e falta de assistência
Foi o que aconteceu com Luana, que teve seu embarque negado em um voo nacional por conta de overbooking. Ela estava com a filha de 1 ano, grávida de 37 semanas e usando cadeira de rodas temporariamente. Mesmo com prioridade garantida por lei, foi deixada em uma sala sem estrutura, trocada de cadeira mais de 20 vezes e ficou horas em pé, sem alimentação adequada.
A companhia aérea não ofereceu reacomodação imediata nem assistência material. Com apoio jurídico da Resolvvi, Luana foi indenizada em R$ 80 mil — valor que reconheceu os danos físicos, emocionais e morais sofridos.

O que fazer na hora: passo a passo para o passageiro
Se você foi impedido de embarcar, siga este roteiro:
1. Solicite explicações formais da companhia aérea
Peça o motivo por escrito e registre o nome do atendente.
2. Peça o protocolo de atendimento
Esse número será útil caso você precise buscar seus direitos depois.
3. Documente tudo
Tire fotos, guarde comprovantes, registre horários e gastos extras.
4. Solicite reacomodação ou reembolso
A companhia deve oferecer alternativas imediatas, sem custo adicional.
5. Se houver prejuízo, busque indenização
Você pode acionar plataformas jurídicas como a Resolvvi — tudo online, sem burocracia e com pagamento só se ganhar.
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Termos técnicos e regulamentação sobre embarque negado
Para quem busca informações mais jurídicas, vale conhecer os termos usados na legislação:
- Denegação de embarque: termo formal usado pela ANAC
- Overbooking: prática comercial que pode gerar embarque negado
- Resolução nº 400 da ANAC: norma que regula os direitos do passageiro aéreo no Brasil
Essa resolução determina que o passageiro não pode ser prejudicado por falhas operacionais da companhia aérea — e que, em caso de embarque negado, deve receber assistência imediata e compensação adequada.
Conclusão: embarque negado não é o fim da viagem — é o começo do seu direito
Ser impedido de embarcar pode causar frustração, prejuízos e até comprometer compromissos importantes. Mas você não precisa aceitar o prejuízo em silêncio. A legislação brasileira protege o passageiro, e plataformas como a Resolvvi tornam o processo de compensação acessível, transparente e sem burocracia.
Se você foi vítima de embarque negado, guarde os comprovantes, registre o ocorrido e avalie seu caso com quem entende do assunto.
Perguntas frequentes – Embarque negado
Ocorre quando um passageiro com passagem confirmada, documentação válida e que chegou no horário é impedido de voar por motivos operacionais da companhia aérea (ex: overbooking).
A principal causa é o overbooking, que é a prática da companhia aérea vender mais passagens do que assentos disponíveis na aeronave. Outras causas incluem troca para aeronave menor ou falhas logísticas.
Você tem direito à assistência material (alimentação, comunicação e, se necessário, hospedagem e transporte), além da escolha entre reacomodação em outro voo ou reembolso integral da passagem.
Não. O termo “embarque negado” se aplica somente quando a falha é da companhia aérea. Se você chegou atrasado ou estava sem a documentação válida, a responsabilidade é sua, e a regra de embarque negado não se aplica.
Você deve solicitar o motivo por escrito à companhia, pegar o protocolo de atendimento e documentar tudo (fotos, horários e comprovantes de gastos extras).
Sim. Mesmo aceitando a compensação voluntária (milhas, vouchers), você ainda pode buscar indenização judicial se o embarque negado causou danos morais ou prejuízos financeiros adicionais.
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