Semana passada, em uma série de tweets, o âncora do Jornal Nacional, William Bonner, fez uma reclamação em sua conta do twitter sobre o nome do seu filho ter o CPF utilizado indevidamente para solicitar benefício do Auxílio Emergencial. A fraude no CPF revoltou o âncora e chocou a internet. Porém, tudo isso levantou uma pergunta: Se até o filho de uma pessoa famosa pode ser fraudado assim, sem mais nem menos, o que sobre para pessoas “normais”?
Recentemente, o ministro da Controladoria Geral da União informou que cerca de 160 mil cadastros do Auxílio Emergencial podem ter sido fraudados.
Pensando nisso, vamos te ajudar a entender tudo sobre como descobrir fraudes no CPF envolvendo o auxílio emergencial através de consulta totalmente online.
Também quer saber tudo sobre como evitar fraudes no CPF? Acompanhe a leitura.
Fraude no CPF: O que fazer?
Você tem recebidos ligações e SMS te cobrando de uma dívida que nunca fez? Esse é um dos sinais de que seu CPF pode ter sido fraudado.
Infelizmente, pessoas agem de má fé e podem te prejudicar através de fraudes. A prática inclusive tem afetado pessoas através do Auxílio Emergencial, oferecido pelo governo por conta da pandemia.
A fraude no CPF costuma acontecer de suas formas: 1) utilizando o CPF de uma pessoa já cadastrada no benefício e furtando o valor; ou 2) fazendo o cadastro na plataforma com o CPF de alguém que optou por não receber o benefício, mesmo que tenha direito.
Também há casos em que alguns consumidores dizem ter recebido uma SMS de confirmação do pedido do benefício, mesmo não tendo feito a solicitação.
Porém, existem maneiras de descobrir se seu CPF foi utilizado indevidamente para solicitar o benefício.
Quer saber como consultar CPF e descobrir fraude no CPF? Siga nosso passo a passo. É bem simples!
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Como descobrir fraude no CPF
Para descobrir se seu CPF foi utilizado indevidamente para solicitar o benefício, basta seguir os seguintes passos:
1) Entre na plataforma de verificação da Caixa Econômica Federal, clicando aqui.Insira seus dados no site, como CPF, nome da mãe, nome completo e a data de nascimento. Não se esqueça de marcar a opção “Não sou um robô”. Pronto, agora é só clicar em “Enviar”.
2) O site irá mostrar o resultado do seu CPF, informando toda a trajetória do seu cadastro no Auxílio Emergencial. Desde a data do início do processamento e o dia do resultado do seu pedido.
Logo, se foi feito um cadastro em seu nome no benefício, aparecerão em sua tela alguns possíveis status do pedido, sendo 1) Benefício aprovado; 2) Benefício não aprovado; 3) Em processamento; 4) Requerimento retido; 5) Dados inconclusivos.
No entanto, caso você não tenha feito o pedido do Auxílio Emergencial, o que deve aparecer na sua tela é a categoria de “Requerimento não solicitado”, ou seja, informando que de fato você não pediu o benefício e que não houve fraude no seu CPF.
Sendo assim, se você não fez a solicitação do benefício, mesmo que tenha direito, e aparecer um dos resultados que indicam o pedido do Auxílio Emergencial, provavelmente houve uma tentativa de fraudar o seu CPF, que pode ter dado certo ou não.
Se você estiver com esse problemão nas mãos, deve querer saber como resolver, certo?
Fique calmo! Vamos te ajudar a resolver fraude no CPF em poucos passos.
Como resolver fraude no CPF?
Se até o filho do William Bonner foi vítima de fraude para conseguir o Auxílio Emergencial, ninguém está salvo, certo?
Felizmente, existem algumas formas de solucionar esse problema. Veja abaixo:
No geral, você deve resolver um problema de fraude no CPF notificando a Controladoria Geral da União (CGU) através do portal Fala.Br. Outra forma de contatar a CGU é por meio dos telefones 121 ou 0880-7070-2003.
Também recomendamos que você registre um Boletim de Ocorrência, até mesmo online, para ter a comprovação do acontecido e garantir que você já tem consciência que seu CPF passou por fraude, certo?
Independente de fraude por conta do Auxílio Emergencial ou não, você deve estar atento à como evitar possíveis falsificações do seu CPF. Como é de se imaginar, uma fraude no CPF pode ser desastrosa para sua vida financeira.
Como evitar fraude no CPF?
De acordo com o Serasa, existem uma série de práticas que o consumidor deve tomar como hábito para evitar falsificações e fraudes no CPF.
Veja as dicas que todo consumidor deve praticar para se proteger de fraudes no CPF, como:
- Não perder de vista os documentos como CPF, RG, Carteira de Trabalho, CNH, dentre outros;
- Não informar os números dos seus documentos em promoções, sorteios, rifas, etc, em empresas que você não tem confiança;
- Não fazer cadastro em sites suspeitos ou que não são da sua confiança;
- Ao comprar online, desconfiar de sites que oferecem promoções com preços abaixo do mercado;
- Não compartilhar dados pessoais em redes sociais.
Geralmente, as pessoas que agem de má fé falsificando o CPF de um consumidor, podem não somente gerar uma dívida no nome de quem foi fraudado, mas também uma negativação indevida.
Fraudes no CPF e Negativação Indevida
Por conta da fraude, o consumidor pode ser inscrito de forma errada nas instituições de proteção ao crédito, como SPC e Serasa.
Para evitar essa dor de cabeça, o consumidor pode:
- Em caso da negativação já ter acontecido, ou seja, do consumidor já estar com o nome sujo por conta da fraude, é importante que ele entre em contato com a empresa e esclareça todo o ocorrido.
Porém, o consumidor também pode pedir uma indenização por danos morais, considerando que é de responsabilidade da empresa estar atento às movimentações suspeitas. - Caso os documentos tenham sido roubados ou furtados, o consumidor precisa fazer um Boletim de Ocorrência (BO) imediatamente e cadastrar um alerta gratuito no próprio site do Serasa.
E aí, gostou de saber mais sobre como evitar fraudes no CPF e sobre o que fazer quando o CPF é utilizado indevidamente para solicitar o benefício?
Todos os problemas envolvendo fraudes no CPF podem, infelizmente, gerar a negativação do seu nome. Por isso, não deixe de ser um consumidor consciente e exigir seus direitos.
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Analista de Operações Jurídicas na Resolvvi e advogada de formação, Gabriela escreve artigos para o Portal Resolvvi sobre direitos do consumidor.