Se você ou alguém próximo sofreu um AVC e tem planos de viajar de avião, é fundamental consultar as orientações para uma viagem tranquila após a recuperação.
O AVC (Acidente Vascular Cerebral), também conhecido como derrame cerebral, faz parte do grupo de doenças vasculares, assim como o infarto do miocárdio.
Isso porque ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro se entopem ou se rompem, o que provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação.
De acordo com a Sociedade Brasileira do AVC, estima se que os dados na população brasileira seja de que um caso de Acidente Vascular Cerebral a cada 2 minutos.
Após um AVC, a vida do paciente muda, e são necessárias adaptações e preparações especiais, especialmente quando se trata de viajar de avião.
Como a viagem de avião pode afetar quem já teve um AVC?
Fazer uma viagem de avião é submeter o corpo a uma série de desconfortos e situações as quais não estamos comumente adaptados.
Porém, para uma pessoa que sofreu um Acidente Vascular Cerebral, estar em uma aeronave traz novas camadas ainda mais desafiadoras.
A começar pela pressão do ar dentro da aeronave, que é reduzida quando o avião atinge grandes altitudes, derrubando entre 6% e 25% as taxas de oxigenação do sangue.
Quem teve AVC e vai viajar de avião, deve ter atenção redobrada a esse fator, pois a redução no suprimento de oxigênio pode levar a uma piora dos sintomas.
Da mesma forma, as viagens prolongadas e a limitação de movimentos também são um fator de risco para pacientes em recuperação do AVC.
Pois os longos períodos dentro da aeronave, em posição relativamente imóvel, podem aumentar o risco de trombose, doença que cria coágulos sanguíneos.
Além disso, para as pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC), viajar de avião pode causar estresse e um medo de viajar extra.
Isso é preocupante devido ao fato de que o estresse também ser um fator de risco para quem está se recuperando de um AVC, já que aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Podendo, assim, sobrecarregar os vasos sanguíneos e aumentar os riscos de complicações.
Afinal, diante de todas as formas que viagem de avião pode afetar a saúde, é possível viajar após ter tido um AVC? Descubra a resposta a seguir.
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Viajar de avião após ter tido um AVC: É possível?
Cada pessoa é única e o impacto de uma viagem de avião após um AVC pode variar dependendo da gravidade e do tipo de AVC.
Porém, a Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu as recomendações a seguir:
- AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias;
- AVC em progressão: aguardar 7 dias;
- AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias;
- AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.
Ainda assim, é essencial que pacientes que tiveram um AVC consultem seus médicos antes de viajar de avião, para avaliar a segurança e minimizar os riscos durante a viagem.
Porém, caso médico libere a viagem de avião, existem a algumas dicas que podem te ajudar a ter mais conforto na sua próxima viagem.
Dicas para uma viagem tranquila após um AVC
Ao planejar a sua próxima viagem de avião existem algumas medidas que podem ser tomadas que ajudam a reduzir os riscos à sua saúde.
As medidas a seguir irão te ajudar a planejar uma viagem mais segura e a ter uma experiência mais confortável:
- Priorizar voos curtos;
- Usar meias de compressão com o intuito de auxiliar a circulação sanguínea;
- Beber bastante água e manter-se hidratado;
- Manter o uso e o horário das medicações;
- Solicitar assentos próximos ao banheiro e à saída de emergência, pois tendem a ser mais espaçosos;
- Fazer alongamentos e caminhadas leves durante o voo, dentro das pausas permitidas pela tripulação;
- Evitar cafeína em excesso;
- Evitar o consumo de álcool, pois gera alterações na pressão arterial;
- Priorizar roupas confortáveis e leves.
Adotar as medidas acima ajudará a reduzir os riscos associados à viagem de avião após um AVC.
Além disso, é possível consultar se a companhia aérea escolhida oferece assistência especial a passageiros com histórico de AVC.
Ao entrar em contato com antecedência, existem opções de solicitar até mesmo:
- Assentos especiais;
- Auxílio para transporte de malas;
- Assistência e prioridade para embarque e desembarque;
- Alimentação especial;
- Suporte de oxigênio;
- Utilização de cadeira de rodas.
Consulte a companhia aérea com antecedência e avalie as opções oferecidas.
Em caso de necessidade de comprovação do AVC, é importante que o passageiro tenha em mãos documentações que justifiquem o pedido. Confira mais sobre nos tópicos a seguir.
Documentação necessária ao voar após um AVC
Ao viajar de avião após um AVC é importante coletar alguns documentos que vão te ajudar a obter a ajuda adequada, em caso de imprevistos.
Portanto, confira.
ATESTADO MÉDICO
O atestado médico atualizado, com o CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) é fundamental.
Nesse sentido, ele deve ser solicitado ao seu médico na fase da preparação da sua viagem, e ter esse documento em mãos vai te auxiliar em caso de emergências.
HISTÓRICO MÉDICO E MEDICAMENTOS
O histórico médico é também um documento importante, assim como os medicamentos.
Os pacientes com qualquer doença cardiovascular devem certificar-se de que há medicação suficiente para toda a viagem, e levá-la na bagagem de mão. Cartilha DE MEDICINA AEROESPACIAL
Além disso, é primordial que o paciente tenha uma lista atualizada com todos os medicamentos, assim como horários de uso, considerando possíveis alterações de fuso horário.
Dessa forma, você pode os levar na bagagem de mão, desde que acompanhados da prescrição médica.
E se o seu voo atrasou mais que 4 horas por conta de um atraso ou cancelamento e/ou você não foi avisado com a antecedência de até 72h, você pode ser indenizado!
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Seguro viagem para quem teve AVC
O seguro viagem é uma documentação fundamental para o viajante, pois garante os cuidados médicos necessários em caso de emergências.
Porém, cada seguro oferece coberturas específicas, que devem ser consultadas para cada tipo de doença ou condição médica.
Em caso de pacientes com histórico de AVC é importante consultar os seguros que cobrem causas pré-existentes.
Além disso, é fundamental conferir se o valor da cobertura contratada cobre eventuais:
- Despesas Médicas;
- Despesas farmacêuticas;
- Transporte ao hospital, caso necessário;
- Custos de internação e hospitalização;
- Prorrogação de estadia;
- Em específico: Acidentes Vasculares Cerebrais e outras doenças cardiovasculares pré-existentes.
O seguro viagem deve ser contratado com antecedência, pois garante ainda mais amparo e confiança ao passageiro com histórico de AVC.
(F.A.Q) Perguntas Frequentes sobre Viajar de avião após AVC:
Em grande parte dos casos, viajar de avião após um AVC é possível, mas é importante consultar seu médico para avaliar sua aptidão e tomar precauções adequadas.
Pacientes pós-AVC devem considerar fatores como a estabilidade de sua condição, medicação, riscos de trombose e capacidade de enfrentar situações de emergência durante o voo. Portanto, sendo essas condições favoráveis ao voo, não há restrições.
Agende uma consulta com seu médico, trazendo informações sobre seu histórico médico, condição atual e detalhes da viagem. Além disso, seu médico poderá avaliar sua aptidão e fornecer orientações personalizadas.
Algumas dicas incluem usar meias de compressão, movimentar-se durante o voo, hidratar-se adequadamente, levar medicação necessária e considerar assentos com espaço extra para as pernas.
Dependendo da situação individual, alternativas como viagens terrestres, trens ou navios podem ser consideradas. No entanto, sempre converse com seu médico sobre opções adequadas para você.
Fazendo um planejamento cuidadoso, consultando seu médico, seguindo as recomendações médicas, tomando precauções de segurança e estando preparado para possíveis situações de emergência durante o voo.
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Giovanna, ou Gio, é licencianda em Letras/Inglês de formação, mas é também fã de carteirinha do poder que o marketing de conteúdo tem para educar pessoas, principalmente quando o assunto é os direitos que as pessoas não sabem que têm.