Se você está pensando em voltar a viajar este ano, ou mesmo no futuro, com certeza deve estar se perguntando se nossa saúde estará segura nos aeroportos.
Como já sabemos, o setor turístico um dos principais pivôs da transmissão mundial do coronavírus e também é um dos setores que mais sofre o impacto da crise.
É natural que estejamos preocupados e que tenhamos inseguranças sobre a segurança nos aeroportos, não só pela responsabilidade que os aeroportos têm com os passageiros, mas também para evitar a todo custo uma segunda onda do vírus.
Por isso, vamos levantar as políticas sanitárias mais interessantes em aeroportos ao redor do mundo e que podemos tirar como bons exemplos para nossa realidade.
Quer saber mais sobre o que pode mudar para os aeroportos por conta do coronavírus? Acompanhe a leitura.
Coronavírus e Aeroportos: O que já mudou?
Se você ainda não sabe, é importante estar por dentro do que já foi mudado nos aeroportos por conta do coronavírus.
Atualmente, cerca de 90% das frotas das principais companhias aéreas brasileiras estão em suspensão. E o contexto é bem semelhante no resto do mundo.
Ao mesmo tempo, uma série de medidas foram tomadas, ainda no mês de março, para dar assistência aos passageiros.
Veja a lista abaixo de algumas medidas para ajudar passageiros impactados pelo coronavírus:
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Anac informa novas regras para alteração e reembolso de passagens aéreas
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Embaixada Americana congela calendário de entrevistas no Brasil
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ANAC lança formulário online para ajudar Brasileiros no exterior a voltar ao país
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Principais companhias firmam acordo para ajustar regras de cancelamento e remarcação
Apesar de existirem muitos esforços para facilitarem a vida dos passageiros e também para evitar uma crise ainda maior no setor, não há medidas extraordinárias no que diz respeito aos aeroportos.
Ao mesmo tempo, temos exemplos interessantes que demonstram um real compromisso em conter a transmissão do vírus.
Para além de testagens em massa nos aeroportos, o que chama atenção foi a atitude de um aeroporto japonês que providenciou camas de papelão para os passageiros esperarem o resultados dos testes.
Em recente comunicado, a Anvisa publicou uma cartilha de procedimentos para limpeza e desinfecção de ambientes. O material é destinado aos funcionários da administração aeroportuária, portuária e passagem de fronteira.
Apesar de ter sido lançada há quase um mês, boa parte das orientações disponíveis na cartilha apresentam práticas que já deveriam estar em vigor, independente da pandemia.
Mesmo que pareça exagero, devemos aprender com os últimos acontecimentos.
Já a Infraero disponibilizou, em nota oficial, materiais digitais com orientações para conter o avanço do vírus.
Aeroportos, como portos e estações de trem, são ambientes de fácil transmissão não só a nível doméstico, mas também podem levar uma doença para um panorama internacional.
Não é absurdo pensar que todos os órgãos que representam direta ou indiretamente o setor turístico querem provar que estão fazendo o necessário para que seja seguro viajar.
Como, por exemplo, no vídeo publicado ainda no começo de março pela companhia aérea Gol, onde o CEO da empresa usa um trecho para explicar os procedimentos de limpeza das aeronaves, que são agora mais rigorosos.
Até mesmo o Guia do Passageiro da Infraero, material pouco difundido, foi atualizado com novas orientações sobre cancelamento e remarcação de passagens aéreas.
O que todas essas medidas têm em comum não é somente a responsabilidade de garantir a segurança dos poucos passageiros que ainda estão voando, bem como dos funcionários ainda prestando serviços. Mas também para reconstruir o setor turístico aos poucos.
Porém, fica a pergunta: há o que melhorar?
Coronavírus e Aeroportos: Devemos melhorar?
O que, de maneira certeira, precisa ser amplamente debatido é a importância da prevenção.
Há alguns meses atrás, ainda no final de 2019, não tínhamos dimensão de como um vírus que teve estopim no outro lado do mundo poderia afetar qualquer país, independente da economia.
O que diferenciou países que controlaram o vírus rapidamente dos outros foi, com certeza, a atenção dada para as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e rapidez em execução.
Porém, o que isso tem nos mostrado não é somente uma lição severa sobre civilidade, compaixão e economia. Mas também da importância de repensar e criar medidas preventivas para situações tão infelizes e desafiadoras.
É sabido que, quando tudo isso passar, os órgãos de regulação sanitária terão um grande desafio para propor medidas que não somente mostre austeridade, mas inovação.
Além disso, novas regras sanitárias para aeroportos devem ser amplamente discutidas com a população. Isso será, inclusive, um dos fatores cruciais para deixar os passageiros mais seguros quando decidirem voltar a viajar.
É inclusive importante ouvir a população, e principalmente os passageiros, no que deve ser mudado. Não serão somente promoções imperdíveis que vão seduzir o consumidor.
Coronavírus e Aeroportos: De quem devemos cobrar mudanças?
Atualmente, os órgãos que provavelmente irão discutir com atenção as possíveis novas regras sanitárias para aeroportos, são a Anvisa, Anac e Infraero, além do Ministério do Turismo.
Mas é importante que a população, e principalmente os viajantes, estejam atentos e cobrem melhorias no que diz respeito o bem estar e a saúde em aeroportos.
Sendo os aeroportos ambientes de ampla e fácil transmissão, o ir e vir de passageiros do mundo todo com certeza deve gerar incerteza e medo.
Por isso, um dos pontos essenciais para ser debatido para o setor turístico se refazer e ganhar a confiança do consumidor é a severidade em regras sanitárias para aeroportos.
Coronavírus e Aeroportos: Como a tecnologia pode nos ajudar?
Em alguns países, como na Coreia do Sul, o uso de tecnologia tem sido um aliado poderoso no combate ao Covid-19.
No momento, diversas empresas estão correndo contra o tempo para sair na frente com as melhores soluções para conter o vírus.
As iniciativas vão desde estudos que visam pretendem conter a disseminação do vírus, como testes com resultados mais rápidos; até sistemas que facilitem a rotina do isolamento, como os robôs que entregam comida.
Há, inclusive, uma variedade de outras tecnologias que estão nos ajudando no enfrentamento do vírus em um contexto mundial.
Algumas ideias envolvem, inclusive, a vigilância das pessoas e o vazamento de dados privados, como localização, número de telefone, dentre outros. Mais tarde, isso pode gerar atritos entre as empresas desenvolvedoras, o poder público e a população.
Porém, neste exato momento, algumas pessoas estão focadas em se disponibilizar ao máximo para conter o avanço do vírus e se prevenir do Covid-19.
Apesar de ainda estarmos tentando enfrentar o contexto de transmissão por outros meios, como quebra da quarenta e dentre outros, é preciso sim se preocupar com a futura situação dos aeroportos no Brasil e no mundo.
E isso não envolve somente o coronavírus, mas qualquer outro tipo de doença infecciosa que possa surgir.
Com certeza, após passarmos por isso, saberemos formas de agir mais rapidamente e considerando a importância do papel da prevenção.
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Analista de Operações Jurídicas na Resolvvi e advogada de formação, Gabriela escreve artigos para o Portal Resolvvi sobre direitos do consumidor.